A cultura Maori e o Filme moana (parte I)
Olá, prof. Ed falando, bem essa postagem está quase um ano atrasada mas ainda está valendo. Eu assisti em 2018 o filme Moana> uma mar de aventuras e queria registrar as referências a cosmovisão adaptadas à animação.
Tangata Whenua ou em inglês
“indigenous people of the land”. O nome “Māori” originalmente
significava “a população local”, ou “o povo original”. Māori foi uma palavra que significava “local” ou “original” – em oposição
aos recém-chegados – colonizadores brancos Europeus – os “Pakeha”. Com a
invasão europeia, a palavra Māori gradualmente se tornou um adjetivo para o
“povo Māori”. Esta mudança ocorreu antes de 1815. Tangata Whenua significa “o povo local”, “o povo local da terra”, “o povo
local da terra ancestral”. Tangata significa “ser humano”, whenua significa
“terra” ou “terra ancestral”.
O povo indígena da Nova Zelândia, eles são polinésios e
compreendem cerca de 14 por cento da população do País. Maoritanga é o idioma
nativo, que está relacionado ao Taitiano e o Havaiano. Acredita-se que os
Maoris migraram da Polinésia em canoas por volta do século 9 ao século 13 A.E.C.
A origem Māori
A lenda
Māori diz que os Maoris vieram de “Hawaiki”, a lendária terra natal cerca de
1000 anos atrás. Quand
o os Maoris chegaram em Aotearoa (Nova Zelândia) encontraram uma terra muito diferente da Polinésia tropical. A Nova Zelândia não era apenas um País mais frio, mas também possuía muitos vulcões e imensas montanhas cobertas de neve. Aotearoa é o nome Māori para a Nova Zelândia e significa “Terra da longa nuvem branca”.
o os Maoris chegaram em Aotearoa (Nova Zelândia) encontraram uma terra muito diferente da Polinésia tropical. A Nova Zelândia não era apenas um País mais frio, mas também possuía muitos vulcões e imensas montanhas cobertas de neve. Aotearoa é o nome Māori para a Nova Zelândia e significa “Terra da longa nuvem branca”.
Mitologia ( Mito de Criação)
Na mitologia polinésia, as pessoas, os elementos e todos os
aspectos da natureza são descendentes de um par primitivo, o Pai Celestial e a
Mãe Terra ( Ranginui and Papatūanuku, imagem à esquerda) Foi por essa razão que os antigos maoris se identificaram tão
intimamente com a natureza. Antes de derrubar uma árvore (matando um filho de Tane Mahuta, deus da floresta), eles acalmariam
os espíritos. Procurando por comida, eles não falavam de seu propósito por
temerem que a presa pudesse ouvir e fugir.
No começo havia apenas a escuridão, Te Ponui , Te Poroa (a
Grande Noite, a Longa Noite). Por fim, no vazio do espaço vazio, um brilho
apareceu, a lua e o sol surgiram e os céus se iluminaram. Então Rangi (o Pai
Celeste) viveu com Papai (a Mãe Terra), mas enquanto os dois se uniam, seus
descendentes viviam na escuridão. O Céu estava sobre a Terra e a luz ainda não
havia se interposto entre eles.
Seus filhos ficaram envergonhados por não poderem ver e
discutiram entre si sobre como a noite e o dia poderiam se manifestar. O feroz Tumatauenga (guerra) pediu que matassem
seus pais, mas Tane Mahuta (floresta) aconselhou que separassem seu pai Rangi de sua mãe Papa e desse modo conseguisse seu objetivo. A sabedoria de Tane prevaleceu e, por sua vez, cada
uma das crianças lutou poderosamente para conquistar o Céu da Terra. Rongo (comida cultivada) e
Tangaroa (o mar) fizeram tudo o que puderam, e o beligerante Tumatauenga cortou e cortou. Mas sem
sucesso. Finalmente, foi Tane Mahuta
que, ao empurrar com seus pés poderosos, gradualmente tirou o angustiado Rangi
do pai agonizante. Assim foi a noite distinguida do dia.
Com o coração partido, Rangi derramou uma quantidade imensa
de lágrimas, tanto que os oceanos foram formados. Tawhiri (o vento e a
tempestade), que se opusera a seus irmãos no empreendimento, temia que Papa se
tornasse bonito demais e seguiu seu pai até o reino acima. De lá, ele se
enfureceu para atacar as árvores de Tane Mahuta até que, arrancadas, caíram em
desordem. Tawhiri então virou sua raiva em Tangaroa (o mar) que buscou refúgio
nas profundezas do oceano. Mas quando Tangaroa fugiu, seus muitos netos ficaram
confusos e, enquanto os peixes faziam os mares com ele, os lagartos e répteis
se escondiam entre as rochas e as florestas destruídas. Foi então que Tangaroa
sentiu raiva. Seus netos o haviam abandonado e estavam abrigados nas florestas.
Assim é que até hoje o mar está devorando a terra, corroendo-a lentamente e
esperando que com o tempo as florestas caiam e Tangaroa se reúna com seus
descendentes.
Referencias do Filme moana
O filme Moana trás um série de referencias a cultura Maori e a sua cosmovisão, mesmo que distorcida em alguns pontos mas a aspectos que servem para entender um pouco sobre a forma como veem o mundo.
Ligação com o lugar: a primeira coisa destacar aqui na jornada da pequena Moana é possivel ver uma continuação de um ciclo interrompido com a exploração de novos lugares, o que é possivel compreender já que esse povo tem em sua história uma busca por novas terras que possam tirar o seu sustento. De aventura inicia-se de novo Moana que está disposta a compreender o que há além do oceano { parte do seu ciclo da jornada do heroi(na)}.
Ancestralidade: a primeira vez que tive contato sobre esse povo foi pelas suas tatuagens e como elas tem haver com seu passado. Moana tem uma ligação muito forte com sua avó, que parece ver a menina a possibilidade e mudança e seguir em frente sem se prender ao mundo que lhe cerca. Não a toa, quando sua avó morre ela se transforma em uma Arraia que é considerado um animal de proteção. Inclusive sendo uma tatuagem muito famosa pelos admiradores esse tipo de tatuagem
Tangaroa: Não puder deixar de perceber no filme a presença marcante do oceano protegendo e escolhendo Moana para estabelecer o equilíbrio ameaçado. Nota-se que o Panteismo é a definição que podemos utilizar para a cosmovisão Maori, na medida em que sua ligação com os elementos da natureza é muito marcante.
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