Programa sobre religiosidade Afro-Brasileira começam a ser exibidos pela Record



Olá prof. Ed falando. Fé-Ri-As. Estamos de no melhor momento do ano, uma pausa para descanso e reelaboração de trabalhos e metas que foram adiadas por falta de tempo. E nesse meio tempo, muitas aconteceram pessoalmente e socialmente falando.
Entre elas a exibição pelo grupo televisivo da Record, emissora da Igreja Universal, começou a exibir os programas que depois de quase duas décadas do início do processo, uma rodada de acordo os programas começaram a ser produzidos e nessa semana sua exibição passou à acontecer tanto na internet quanto no canal Record News. 


Mas o que aconteceu?

Não é de hoje que sabemos que igrejas neopentecostais atacam grupos que classificam como fazedores de coisas diabólicas e maléficas, seguindo a lógica colonial e eurocêntrica cristã de condenar qualquer manifestação de religiosidade que seja contrária à sua visão de mundo, o que inclui fortemente nesse lado do globo, práticas nativo americanas e africanas, logo fazer desses grupos alvos de injúrias, difamações, discurso de ódio e perseguições, é mais fácil e gera muitas almas para os empreendimentos.
A Igreja Universal ao longo de sua história, buscando espaço no mercado religioso nacional, seguiu o roteiro do Fundamentalista: demonização, perseguição, discurso de ódio etc. Procurou briga com igreja católica brasileira, mas logo viu que essa batalha ia ser mais difícil. Então, partiu para cima dos cultos afro-indigenas brasileiros. Afinal, quem nunca RIU de um "chuta que é macumba?", mas se INDIGNOU com o "chute na santa?". A ideia de que pais de santos (babalorixás) e Yalorixás (mães de santo) são figuras demoníacas que fazem o mal, e fazem pactos com demônios, "Exu é demônio", Exu caveira, pomba gira, amarração, além de pura intolerância religiosa, intimamente ligada ao racismo, na categoria de Racismo religioso, são pontos que, no senso comum já estão enraizados, portanto, alvo fácil para quem quer se estabelecer no mercado das almas.

Durante a década passada era só ligar a TV e ver os programas ditos 'religiosos' da emissora e que as referências a sacerdotes de cultos afro-indigenas serem linchados publicamente ao vivo como infernalistas e veículos da maldade na terra. Uma estratégia que nunca ganhou contestação. Até 2004.

O primeiro Episódio

Assisti ontem o primeiro episódio no canal do IDAFRO, um grupo que se dedica a defesa da liberdade religiosa e que esteve também à frente da ação judicial que culminou na produção dos programas.
 O primeiro programa traz principalmente falas de pessoas ligadas aos grupos de representantes de vários grupos afro-indigenas, MPF e convidados. Conta-se um pouco da história da ação e principalmente o protagonismos pessoais e democráticos que essa ação representa.




Reiteramos que intolerância religiosa, racismo é crime contra os Direitos Humanos, contra Constituição Federal, e também passível de sanções penais.

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